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Preferências de imigração na população dos 20-39 anos
Conheça o perfil dos que desejam imigrar para outros paises

Fonte: BIGSOFT, Inquérito sobre preferências de Migração (IPMI 2023)
 Edição: ACADEMIA BIGSOFT
Análise estatística: Alcides Cambundo (Consultor da BIGSOFT)
Revisão e controlo de qualidade: Joaquim Segunda (CEO da BIGSOFT)

 O inquérito apurou que mais de três quartos (78%) da população entrevistada declarou que nem está seguro e nem satisfeito no país, enquanto que apenas perto de 4% da população declarou estar segura e satisfeita (gráfico 1).

De acordo a pesquisa sobre preferências de Migração realizada pela BigSoft em 2023, adoptou conceitualmente como “sentimento de segurança e satisfação” o sentimento manifestado pelos respondentes sobre situação de que está seguro, afastado de todo perigo e que seus desejos, necessidades, ou expectativas são compensadas e resolvidas.

No entanto, sob este conceito, o inquérito apurou que mais de três quartos (78%) da população entrevistada declarou que nem está seguro e nem satisfeito no país, enquanto que apenas perto de 4% da população declarou estar segura e satisfeita (gráfico 1).

Vale salientar que desde os primórdios da migração no mundo, uma das razões que sempre levaram as pessoas e migrarem, tem sido a falta de segurança e satisfação nas suas terras de origens, devendo valer-se de que a segurança envolve muito mais do que ausência de crime, ela inclui a expectativa de vida e cumprimentos de direitos humanos ao ponto de vir suas necessidades básicas e direitos fundamentais resolvidas de facto, quando estes elementos não são atendidos, o homem tende ir busca-los em outras geografias.

Motivo de não se sentir seguro ou satisfeito

Gráfico 2- Percentagem da população inquirida, segundo os motivos de não se sentir seguro ou satisfeito no país, IPMI 2023

Quando questionadas sobre os motivos para não se sentirem seguras ou satisfeitas no país, metade das pessoas apontou a falta de condições de vida adequadas e a fome como principais fatores. Além disso, 36% dos entrevistados disseram que a falta de compromisso do governo com a população é uma das razões para essa insatisfação.

Os participantes destacaram que a insegurança e a insatisfação estão relacionadas à falta de transparência e à dificuldade em entender como os recursos públicos são utilizados. Existe uma expectativa de que o governo explique melhor para a população como gasta o dinheiro, quais são suas ações e planos, seguindo as regras da Lei da Probidade Pública, que exige integridade e transparência na gestão pública (veja Gráfico 2).

Intenção e razões de imigrar

Gráfico 3- Distribuição percentual da população inquirida, segundo a intenção e razões de emigrar, IPMI 2023

Nota-se que entre a população entrevistada, cerca de 95% da mesma mostrou pelo menos uma vez a intenção de emigrar, o que pressupõe dizer que apenas 5% nunca tiveram esta intenção. As razões pelas preferências de migração apontadas pelos entrevistados, destaca-se aqui “a busca por uma qualidade de vida que Angola não pode dar” (39%), e 18% declararam que deixariam o país devido a “falta de comprometimento a nível do governo para com o povo” (gráfico 3).

Perfil da população que quer deixar o país

Gráfico 4- Distribuição percentual da população inquirida, segundo a intenção e razões de emigrar, IPMI 2023


O gráfico 4 mostra o perfil social da população que com fortes pretensões de emigrar, o mesmo dá conta que, mais da metade (54%) dos entrevistados com essa intenção possuem o ensino superior e ao mesmo tempo 75% são trabalhadores por conta própria ou de outrem. Esses números podem não só revelar uma possível agregação de mão-de-obra para os futuros países de destino, mas, a fuga e perca de quadros, e, por conseguinte, a redução da mão-de-obra de qualidade no mercado nacional, constituindo assim uma ameaça e preocupação para um país em via de desenvolvimento, como é o caso de Angola.

Para onde iriam os jovens angolanos preferencialmente

O gráfico 5 ilustra o “top 5” dos países favoritos em termos de preferências de migração, sendo que 23% desejam o Canadá e 8% a França e Alemanha respectivamente. Dar nota de que, apenas um país no continente africano (África do Sul) é indicado como opção, isso revela a fraca política de atracão e retenção dos jovens no nosso continente, preferindo estes a busca de países com uma geopolítica mais inclusiva e estável.

Para encerrar este artigo sobre a preferência de imigração dos jovens angolanos para outros países, é essencial destacar como suas escolhas refletem a busca por melhores condições de vida, oportunidades de estudo e trabalho, além de estabilidade econômica e segurança. A decisão de migrar é fortemente influenciada pela situação econômica e política de Angola, que motiva os jovens a buscarem destinos com melhores perspectivas, como Europa e América. Enfatiza a importância de políticas que incentivam o desenvolvimento em Angola e criem condições para que os jovens tenham a opção de prosperar em seu próprio país.

RESULTADOS DO RELATÓRIO COMUNITÁRIO
Recenseamento das Aldeias